Como financiar seu MBA no exterior.

Quando se trata de bolsas de estudos, há as instituições que dão informações mais explícitas sobre o assunto seja como atrair estudantes em geral seja como forma de incentivar um determinado público a buscar aumentar a sua qualificação acadêmica com aquela instituição de ensino. Além disso, há também as instituições que para os desavisados há uma impressão de que não concedem nenhum tipo de bolsa de estudos. Ou seja, todas as boas escolas de negócios podem conceder uma bolsa desde que você tenha o perfil para tanto.

Nos Estados Unidos, as universidades privadas são mantidas pelas taxas pagas pelos alunos. Porém, não é incomum que a arrecadação de taxas não consiga suprir todo o gasto das instituições. A solução para esse desafio leva em consideração a forte cultura de doação que existe nos Estados Unidos.

O chamado “Endowment” acaba sendo a força motriz das instituições privadas. Só a termos de ilustração e comparação, no ano de 2015, o fundo de Endowment da Harvard Business School acumulava 3,3 bilhões de dólares. Naquele ano, esse valor era maior do que o PIB das Maldivas em nada menos do que 250 milhões de dólares.

Mesmo as grandes escolas tendo a fama de não fazerem tanto alarde com relação a bolsas (e nem precisa, pois só a sua qualidade e tradição da marca já são mais que suficientes para atrair milhares de bons candidatos todos os anos) investem pesado para atraírem bons candidatos que eventualmente tenham algum desafio financeiro para arcar com os estudos.

Olhando para o exemplo de Harvard, 50% dos candidatos aprovados recebem algum tipo de bolsa por necessidade para candidatos que já tenham sido aprovados. Portanto, o maior foco do candidato que busca uma bolsa é ser, antes de tudo, aprovado pela escola de negócio. Uma vez aprovado, então há possibilidades de apoio financeiro para quem não tenham condições suficientes para arcar com os custos totais do programa.

Só no ano fiscal de 2020, que se encerrou no último mês de setembro, a HBS investiu 43 Milhões de Dólares. Isso é aproximadamente 220 Milhões de Reais. A turma de MBA do programa de Harvard, que é composta por 930 alunos, teria, portanto, o equivalente em bolsas a aproximadamente 240 mil Reais por aluno.

Não bastasse todo esse volume de bolsas oriunda financiadas por doações e organizadas na forma de Endowment, há também bolsas externas, programas de apoio a desenvolvimento de carreira bem como empréstimos estudantis com juros muito menores que o que estamos acostumados no Brasil.

Com relação a empréstimos, sempre nos perguntam sobre a questão do endividamento estudantil, um tema que vem chamando a atenção da cena internacional com maior frequência.

O que precisa ser dito é que diferentemente da graduação, os programas de MBA formam candidatos com aceitação bastante ampla pelo mercado de trabalho nos Estados Unidos mesmo sem contar a maior demanda por profissionais com maior qualificação no exterior e, um último detalhe: você não está investindo na sua preparação para ingressar em qualquer MBA, então que já haja uma maior oferta de profissionais com MBA nos Estados Unidos, você não será qualquer um na fila do pão, mas alguém que estará entre os melhores dos melhores.

Para os bons profissionais sempre há oportunidade e se não há eles são as pessoas que as criam para si e para outrem e é por isso que fazer um programa de MBA é importante, pois dará a você as ferramentas do ponto de vista de conhecimento seja para aproveitar as melhores oportunidades seja para criá-las. Pense nisso!

O que é importante ter em mente é o mantra que repetimos aqui na TotalPrep Brasil: A scholarship is not earned, it is conquered.

Sim, em vez de buscar uma bolsa, porque não se tem dinheiro, para as boas universidades no exterior, o mais importante é buscar mostrar o seu potencial e, a partir disso, mostrar o porquê você é merecedor de receber uma doação de alguém que busca dar as mesmas condições de excelência de desenvolvimento a pessoas que eventualmente não possuem as mesmas condições financeiras de quem realiza a doação.

No Brasil, ainda vivemos a cultura de que ensino de qualidade deve ser um privilégio das elites econômicas.

O mundo desenvolvido, ao contrário, sabe que dar oportunidade gera o que os economistas chamam de “externalidades positivas” tornando a sociedade e a economia mais fortes e prósperas.

Por isso, as grandes universidades também em programas de MBA não vêm como um problema uma eventual falta de recursos por parte do candidato desde que este/esta mostre que tenha os requisitos que as instituições esperam daqueles que mostram potencial para se ter sucesso, mas que por algum motivo a falta de recursos financeiros acabou dificultando esse processo – são primordialmente para esses casos que são dadas as bolsas por necessidade e que vimos que são bastante generosas.

Aqui na TotalPrep Brasil, nossos alunos e alunas vêm alcançando bolsas de estudos justamente por conta do nosso enfoque na personalização do atendimento. No último mês foram duas de 30%, justamente o que os candidatos precisavam para fazerem os seus programas. Não podemos esquecer que o lucro do programa vem depois de conquistado o MBA pelo próprio sucesso da pessoa e não com um valor x ou y de uma bolsa, que é apoio para a entrada e não o prêmio principal, que virá com o conhecimento + networking + dedicação. À final de contas, não há milagres, mas muito trabalho duro. Mas o prêmio é bastante compensador, disso tenha certeza!

Só para ilustrar um pouco melhor sobre como o prêmio vale a pena, alguns dados de um relatório da QS do ano de 2015 sobre ROI em relação a MBA.

Um total de 28 escolas de negócios na América do Norte apresentam ROIs de 20 anos de US$ 3 milhões ou mais: Stanford, Harvard, Sloan, Wharton, Booth, Columbia, Tuck, Haas, Anderson, Yale, Fuqua, Kellogg, S.C. Johnson, Darden, Stern, Tepper, Goizueta, Mays, Kelley, McDonough, Questrom, Ross, Kenan-Flagler, McCombs, Jones, Scheller, Fisher e Marshall.

Ou seja, em 20 anos, quem obteve um MBA em uma dessas escolas faturou 3 milhões de dólares a mais do que investiu considerando os ganhos obtidos depois da formação.

Isso significa um aumento médio salaria de 12.500 dólares por mês ou, em cifras atuais, aproximadamente R$ 72.500,00/mês a mais para você (“apenas” setenta e dois mil e quinhentos reais a mais POR MÊS). Se isso não for razoável para você, então jogar na loteria talvez seja mais interessante mesmo.

Graduados em MBA na América do Norte recuperam seu investimento na escola de negócios, em média, em apenas 44 meses.

Cabe a você analisar se ter uma expectativa de aumento salarial de 72 mil reais vale ou não a pena.

Para nós, cada candidato é um projeto, porque sabemos da nossa experiência internacional que não basta dizer que se tem foco em profissionais de um setor A ou B. O que faz a diferença na construção da candidatura é entender o candidato a fundo e trabalhar na história dessa pessoa.

Vemos na internet pessoas se vangloriando por resultados passado com alunos, inclusive com a pretensão de achar que é responsável pelo sucesso profissional de uma ou outra pessoa.

Nós preferimos ser “down to earth” e reconhecer que o nosso trabalho é desenvolver o que a pessoa já traz em si e permitir que ela mostre o seu potencial para os comitês de admissão de tal forma que se diferencie dos demais, mostrando o seu valor e justificando a decisão do comitê em propor a “Offer Letter” e, a depender do caso, também convença a instituição a dar o auxílio financeiro que esse candidato precisa para brilhar por ela própria. 

A intenção era nesse texto trazer o que costuma influenciar a decisão dos comitês de avaliação para a concessão de bolsas. Prometo detalhar melhor esse ponto em um próximo texto. O mais importante é que tenha ficado claro a mensagem de que o mais importante é você acreditar no seu potencial e dar o primeiro passo na preparação fazendo um investimento sério tanto em termos de tempo quanto financeiro, buscando apoio profissional para isso, porque vai valer a pena, pode ter certeza!